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1.
Belo Horizonte; s.n; 2016. 117 p. ilus.
Tese em Português | BBO - Odontologia | ID: biblio-913705

RESUMO

As doenças e agravos bucais, em sua maioria não permitem avaliações a partir da mera aferição da prevalência estabelecida pelo diagnóstico no indivíduo. Portanto, o diagnóstico coletivo dos principais agravos de saúde bucal, deve ser estabelecido, mediante a realização de levantamentos epidemiológicos. O presente estudo transversal objetivou conhecer o perfil epidemiológico de cárie dentária da população indígena Parakanã aldeada, no Estado do Pará. Foi utilizada a metodologia do Projeto SB Brasil 2010 do Ministério da Saúde para avaliação da cárie dentária e do uso e necessidade de prótese. Os dados coletados foram relativos aos indicadores de saúde bucal ceo-d (cariado, com extração indicada e obturado) para dentição decídua nas faixas etárias de 18 a 36 meses e cinco anos de idade, o CPO-D (cariados, perdidos e obturados) para dentição permanente, nas faixas etárias de 12 anos, 15 a 19 anos, 35 a 44 e 65 a 74 anos de idade. Avaliou-se também o edentulismo utilizando como indicadores o uso e a necessidade de prótese nas faixas etárias de 15 a 19; 35 a 44 e 65 a 74 anos. Participaram do estudo 308 indígenas (72,40% Parakanã Oriental e 27,60% Parakanã Ocidental) das referidas faixas etárias e residentes nas 15 aldeias dentro da Terra Indígena Parakanã. Esse total (308) corresponde a 29,2% de um total populacional de 1056 indígenas desta etnia de acordo com o cadastro de registro populacional do sistema de informação do Programa Parakanã. Não houve diferença estatística em relação ao sexo (p>0,005) entre os indígenas, bem como entre a divisão por grupos Parakanã Oriental e Ocidental (p=0,735). As crianças de 18 a 36 meses corresponderam a 25,0% da amostra, enquanto que 2,4% de idosos na faixa etária de 65 a 74 anos. Nas crianças de 18 e 36 meses de idade, a experiência de cárie dentária foi de 31,2% (ceod>= 1), enquanto que aos cinco anos de idade, foi de 87,5%. O índice de ceo-d para as crianças Oriental de 18 a 36 meses foi 0,74 e 1,25 para as Ocidental na mesma faixa etária. Para as de cinco anos de idade respectivamente Oriental e Ocidental, os índices ceo-d médio foram 4,35 e 3,75. A experiência de cárie na dentição permanente ocorreu em 76,5% (CPOD>= 1) das crianças de 12 anos de idade, enquanto que nos adolescentes de 15 a 19 anos a proporção foi de 92,2%. Para os adultos na faixa etária de 35 a 44 anos e idosos de 65 a 74 anos, a proporção de indígenas com experiência de cárie foi de 100%. Apresentou diferença estatística significativa quanto à necessidade de prótese no arco inferior entre os grupos, maior necessidade (21,20%) para o grupo Oriental (p<0,05). O perfil epidemiológico de cárie dentária da população Indígena Parakanã a partir da amostra investigada caracteriza-se por média experiência de cárie na faixa etária de 18 A 36 meses e 12 anos de idade e, alta experiência para as crianças de cinco anos de idade, adolescentes de 15 a 19 anos, e principalmente entre adultos e idosos, caracterizado por perda dentária significativa. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em seres Humanos da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (CAAE: 45215415.3.0000.5149)


Assuntos
Cárie Dentária/epidemiologia , Inquéritos de Saúde Bucal/estatística & dados numéricos , Saúde de Populações Indígenas/estatística & dados numéricos , Povos Indígenas , Saúde Bucal/etnologia , Estudos Transversais/estatística & dados numéricos , Interpretação Estatística de Dados , Perfil de Saúde
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